Como é transmitida?
O
contágio ocorre por meio de espirros, tosse e contato direto com pessoas ou
locais e objetos contaminados (aperto de mão ou utilização de talheres, por
exemplo). Evite locais fechados e lave as mãos com frequência.
Diante de quais sintomas o paciente deve buscar
atendimento?
Os sinais
do resfriado e da gripe podem ser muito parecidos. Geralmente, a gripe causa
sintomas mais severos, como dores musculares, febre alta, dificuldade para
respirar e cansaço – em situações assim, o paciente deve procurar um médico em
até 24 horas. Há risco de a gripe evoluir para uma pneumonia. Indivíduos
pertencentes ao grupo de risco precisam tomar ainda mais cuidado.
Quando se deve tomar Tamiflu?
O
medicamento antiviral deve ser administrado nas primeiras 48 horas a partir do
surgimento dos sintomas, período em que é mais eficaz. É necessário apresentar
uma prescrição médica no sistema público de saúde ou nas farmácias.
QUE ATITUDES LOCAIS DE GRANDE AGLOMERAÇÃO, COMO
ESCOLAS, DEVEM TOMAR?
Ter
recipientes de álcool gel para estimular a higienização das mãos e educar os
frequentadores sobre atitudes de prevenção, como lavar as mãos e proteger a
boca ao tossir.
A vacina da gripe A protege contra todos os tipos
de gripe?
A gripe é
causada pelo vírus influenza. Os tipos mais preocupantes no momento são o
influenza A (H1N1 e H3N2) e o influenza B, aos quais a vacina se destina. Não
há proteção contra outros tipos de vírus. O paciente, que tomar a dose contra a
gripe A poderá desenvolver outros tipos de infecções respiratórias, como
resfriados.
Depois da aplicação, quando a dose começa fazer
efeito?
Dentro de
15 dias, em média.
ATÉ QUANDO DURA A IMUNIZAÇÃO?
Depende
de cada pessoa, variando entre seis e 12 meses. Idosos perdem imunidade mais
rapidamente.
A vacina tomada em 2015 pode proteger o paciente
também neste ano?
Perdem-se
anticorpos ao longo de um ano, mas quem tomou a dose no ano passado ainda pode
ter retido alguma parcela de imunidade. O ideal é fazer a vacina anualmente porque
os tipos de vírus influenza circulantes podem não ser os mesmos de um ano para
outro.
POR QUE É PRECISO TOMAR TODO ANO?
Porque os
vírus mudam.
QUAL A MELHOR DATA PARA TOMAR A VACINA?
Antes dos
meses frios, assim que disponível.
a vacina TEM CONTRAINDICAÇÕES?
Alérgicos
à proteína do ovo não devem tomá-la.
Quais os riscos para as grávidas?
As
gestantes estão no grupo de risco. A gripe pode causar complicações importantes
para elas e também para os bebês – há inclusive o risco de perda do feto. É
fundamental que elas recebam a imunização.
Quem deve tomar a vacina?
Idosos,
crianças de seis meses a cinco anos, gestantes, mulheres no período de 45 dias
do pós-parto, pessoas com doenças crônicas (respiratórias, cardíacas, renais,
hepáticas, neurológicas), obesidade, diabetes, asma, hipertensão e HIV,
pacientes com câncer e transplantados, profissionais da área de saúde,
indígenas, detentos e funcionários do sistema carcerário integram o grupo de
risco e podem tomar a vacina gratuitamente na rede pública. Os demais devem
procurar as clínicas privadas.
NÃO SOU DO GRUPO DE RISCO, POSSO ME VACINAR?
Sim, na
rede privada.
QUEM TOMOU nESTE ANO UMA VACINA DE 2015, DEVE SE
VACINAR DE NOVO?
Sim, pois
os vírus mudam. Tomar uma vacina do último ciclo, mesmo que ela esteja válida,
é um mau investimento.
O QUE DEVO OBSERVAR AO COMPRAR A VACINA?
No rótulo
da vacina, é preciso observar a data de validade, o ano da cepa cirulante
(2016) e o hemisfério (Sul).
DEVO ME VACINAR QUANDO ESTOU GRIPADO?
Em casos
de febre, a indicação é receber a vacina 48 horas depois.
TOMEI UMA VACINA TRIVALENTE (CONTRA TRÊS TIPOS DE
VÍRUS) EM 2016. DEVO TOMAR A TETRAVALENTE (CONTRA QUATRO TIPOS)?
Conforme
o governo, não é necessário. Vale lembrar que essa vacina é diferente da
tetravalente bacteriana, obrigatória para menores de um ano.
POR QUE CRIANÇAS MENORES DE SEIS MESES NÃO PODEM
RECEBER A VACINA?
Porque
elas não possuem um sistema imunológico competente para a dose. A proteção
dessas crianças é feita por meio da vacinação das gestantes, que passa os
anticorpos ao filho pela placenta.
Fonte:
Infectologistas Dimas Kliemann e Luciano Goldani e secretário da Saúde do
Estado, João Gabbardo dos Reis.
Comentários