Já foram registradas pelo menos três vítimas no Brasil. Polícia Federal faz investigação de cibercrimes.
‘Curadores’ podem responder por homicídio
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Alertamos a população sobre a participação de adolescentes no jogo ‘Baleia Azul’ — em que
‘curadores’ incitam os participantes em redes sociais a provocar lesões
em si mesmos e até atentar contra a própria vida — acender um alerta nas
casas e nas escolas sobre a prevenção do suicídio.
A Delegacia de Repressão a Crimes de Informática do Estado do Rio de Janeiro (DRCI) confirmou dois
casos de menores que tentaram interromper a própria vida após
participarem dos desafios online. Segundo a delegada, a
investigação visa alerta pais e professores sobre a existência do jogo.
“O que queremos é evitar as mortes, e, em segundo momento, chegar à
autoria”.
Para evitar o aliciamento de outros menores, a polícia
conta com a ajuda de pais e professores, eles devem verificar qualquer
mudança de comportamento dos alunos, incluindo lesões corporais. Desde o
início do jogo eles são estimulados a fazer lesões. Monitorem as redes
sociais dos seus filhos, sobrinhos, amigos, etc. Não só os pais das vítimas, como os pais
de amigos e os professores devem procurar a delegacia caso aja alguma suspeita.
Adolescentes com sinais de
depressão são os mais vulneráveis a participar e chegar ao fim do jogo
de forma trágica. Há relatos que eles (os curadores) procuram as
pessoas com tendência à depressão. Mas qualquer vítima pode ser
aliciada. Diante da repercussão do tema, ressaltar a importância de discutir o
assunto do suicídio e da depressão entre jovens e adolescentes. Antes
de se preocupar com o jogo, você tem que se preocupar com o seu filho. O jogo é uma consequência de pessoas que estão
passando por problemas. Temos que tratar a origem, a depressão.
Em 2012, o suicídio foi a segunda
maior causa de morte entre os 15 e 29 anos de idade, em todas as regiões
do mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). E 96,8% dos
casos registrados estavam relacionados com histórico de doença mental.
Os
‘curadores’ são como se chamam os que passam instruções do ‘Baleia
Azul’ por Facebook, WhatsApp e SMS. Segundo a delegada titular da DRCI,
Fernanda Fernandes, eles podem responder por associação criminosa e até
homicídio. “Entendemos que os curadores se utilizam dos menores para
prática dos delitos. Eles vão responder a qualquer ato que os
adolescentes provoquem em si mesmos, de lesão corporal a homicídio”,
disse.
O professor de Psicologia da Mackenzie Rio Paulo César Guimarães
descreve os curadores como portadores de “profundo desrespeito pela
vida, ausência de valores, desprezo pela ética, pela moral e pelo
respeito”. Segundo a médica da Associação Brasileira de Psiquiatria
(ABP), Alexandrina Meleiro, estes indivíduos são movidos pelas
‘conquistas’ dos jogos. “(O curador) vê como um desafio extremo. É mais
um troféu que a pessoa quer ter”.
Fonte: Jornal O Dia (19/04)
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