Campanha "Construindo Cidades Resilientes" fora lançada internacionalmente em 2010, a cargo do Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres - UNISDR/ONU. A Campanha foi anunciada durante o período de adoção do Marco de Ação de Hyogo (2005-2015), embasando os 10 passos essenciais para fins de incremento da resiliência a desastres, em nível local.
Em
2015, finalizando-se o prazo inicial de implementação do Marco de
Hyogo, foi realizada a III Conferência Mundial sobre a Redução do Risco
de Desastres, na qual foi adotado, por países membros da ONU, o Marco de Sendai para a Redução do Risco de Desastres 2015-2030.
A partir do novo acordo global, verificou-se a necessidade de se
reformular a Campanha "Construindo Cidades Resilientes". Assim, serão
incorporadas a ela as diretrizes estabelecidas no Marco de Sendai, para os próximos 15 anos.
Em
razão disso, a Campanha no Brasil delineará novos horizontes e a
atuação da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil também será
reestruturada, auxiliando a direção da Campanha, em âmbito nacional.
Com
efeito, busca-se uma maior coordenação interfederativa e o alinhamento
da Campanha com as políticas públicas federais, em sede de gestão dos
riscos de desastre. A título de exemplo, citam-se: maior enfoque aos
municípios prioritários; e a elaboração e o fomento de critérios
condicionantes aos Municípios, como a consecução de Planos de
Contingência e a adesão ao Cartão de Pagamento da Defesa Civil.
Hoje,
o Brasil é o país com maior número de Municípios inscritos na Campanha.
Entretanto, a mera inscrição na Campanha, por si, não voga dizer que o
Município já se tornou resiliente, mas sim que, ao participar dela, ele
assume o compromisso de edificar a sua resiliência por meio da
definição de ações e prioridades, na área de gestão do risco de
desastres, em sua localidade. Logo, é possível afirmar tão-somente que o
aumento no número de cidades brasileiras inscritas sugere a ampliação
do nível de conscientização e da percepção de riscos pelos gestores
locais.