Apesar de todos os esforços da Defesa Civil e Secretaria de Meio Ambiente em campanha de orientação sobre o risco de queimadas, a prática de colocar fogo em quintais e terreno com mato continuam.
Só ontem a Defesa Civil teve que agir em três princípios de incêndios, sendo que o da Rua Antonio Bernardino Monteiro (atrás do Estádio Municipal) colocou em risco residências vizinhas ao terreno. Com ajuda dos moradores conseguimos controlar o fogo.
A população tem que ficar em alerta para qualquer inicio de incêndio e comunicar imediatamente a Defesa Civil pelo telefone 199 ou Corpo de Bombeiro pelo telefone 193, mas lembramos que a locomoção do Caminhão do 2/21 Grupamento do CBMERJ de Pádua até Miracema demora cerca de 30 a 40 minutos e dependendo da taxa propagação do fogo ( metros por segundo, metros por minuto ou quilômetros por hora) isso pode transformar em desastre gigantesco, além de que, essa viatura poderá estar em outra ocorrência quando for acionada.
Por isso a importância de não fazer queimada e caso aviste uma comunicar imediatamente a Defesa Civil.
Efeitos do Fogo
Os incêndios florestais podem causar diversos tipos de danos às
florestas, dependendo das condições existentes, principalmente tipo de
floresta, combustível e clima:
Danos às árvores – São os danos mais visíveis e que
mais chamam a atenção após a ocorrência de um incêndio. Variam bastante,
dependendo da intensidade e tempo de duração do fogo, da espécie
florestal e da idade da árvore. Árvores jovens são muito mais sensíveis
ao fogo que as adultas, da mesma maneira que as folhosas resistem menos
ao fogo que as coníferas. A morte das árvores geralmente é provocada
pelo aquecimento do câmbio acima da temperatura letal e por este motivo
árvores mais velhas, por possuírem casca mais espessa, dando maior
proteção ao câmbio são mais resistentes. Da mesma forma as coníferas,
que geralmente possuem casca mais espessa, são mais resistentes do que
as folhosas. A destruição total das árvores pelo fogo não é muito
frequente, a não ser em incêndios de extrema intensidade. Geralmente as
árvores de médio e grande porte ainda podem ser parcial ou totalmente
aproveitadas após um incêndio.
Danos ao solo – incêndios de grande intensidade, ou
mesmo de média intensidade mas repetindo-se periodicamente em um mesmo
local, podem provocar sérios danos ao solo. A destruição da camada
orgânica expõe o solo às intempéries, provocando modificações nas suas
propriedades físicas, principalmente porosidade e penetrabilidade de
água. Solos argilosos tornam-se duros, dificultando a penetração da
água. Solos arenosos tornam-se friáveis, perdendo o poder de retenção de
água. Em ambos os casos há um favorecimento à erosão dos solos.
Danos ao caráter protetor da floresta – a floresta
se constitui num importante agente protetor do ambiente, exercendo
influência contra deslizamentos, avalanches, inundações, erosão e
invasão de dunas. É notória também a ação da floresta como reguladora do
regime hidrológico. O solo florestal, protegido pelas copas das árvores
contra o impacto direto da chuva, coberto de húmus e serapilheira,
funciona como uma esponja natural, porosa, absorvendo e facilitando a
infiltração da água da chuva. O fogo intenso, principalmente quando
destrói a copa das árvores e expõe o solo mineral através da queima da
serapilheira e do húmus, modifica toda a situação, expondo a área a
vários distúrbios ambientais.
Redução da resistência das árvores – O fogo, acima
de certa intensidade, mesmo quando não causa a morte das árvores, pode
debilitá-las sensivelmente. Cicatrizes deixadas pelo fogo favorecem o
ataque de insetos e fungos, os quais, se instalarão e reproduzirão,
causando grandes danos à madeira remanescente ao incêndio. Por esta
razão, sempre que ocorrer um incêndio de grandes proporções, deve-se
ficar atento a fim de se evitar surtos de pragas e doenças.
Danos à fauna – Os incêndios florestais podem causar
danos diretos ou indiretos aos animais que vivem na floresta. Diretos,
através da morte dos animais que não conseguem escapar do fogo.
Indiretos, Pelas modificações provocadas ao habitat dos animais
principalmente ao que se refere à alimentação e abrigo. A intensidade e o
tipo de danos dependem das características e épocas dos incêndios.
Apesar dos animais terem grande capacidade de pressentirem o fogo e
fugirem, grandes incêndios podem encurralá-los e causar mortalidade. O
incêndio da quarta feira de cinzas de 1983 na Austrália, por exemplo,
matou cerca de 300.000 ovelhas. Incêndios na primavera são
particularmente daninhos devido a destruição de ninhos e animais jovens,
ainda sem grande capacidade de fuga.
Danos ao aspecto recreativo da floresta – Em muitos
países do mundo, inclusive o Brasil, as florestas são utilizadas como
local de recreação, onde populações urbanas vão passar fins de semana,
fugindo da vida agitada das cidades. As florestas usadas para esta
finalidade, geralmente parques nacionais, estaduais ou municipais,
apresentam sempre um agradável aspecto paisagístico. Um incêndio
florestal fatalmente alteraria esse aspecto agradável, tornando
florestas, pelo menos temporariamente, imprópria às atividades
recreativas.
Danos ao planejamento florestal – O fogo interfere
tanto na qualidade quanto na quantidade da produção madeireira das
florestas. A capacidade produtiva da floresta pode ser afetada de três
maneiras. Em primeiro lugar, um incêndio de grande intensidade pode
mudar totalmente o tipo de vegetação, muitas vezes favorecendo a
regeneração de espécies pioneiras de menor valor econômico. Em segundo
lugar, o fogo pode reduzir a densidade da floresta, diminuindo sua
capacidade produtiva. Finalmente, o fogo altera o “princípio da
persistência”, isto é, o rendimento sustentado da floresta, por forçar o
corte prematuro de árvores danificadas. Em caso de possuir seguro
contra incêndio uma empresa pode se ressarcir dos prejuízos monetários
correspondentes ao valor da madeira perdida, mas os danos ao
planejamento florestal são irreparáveis.
Danos a propriedades – Além dos danos à vegetação,
os incêndios podem danificar outras propriedades tais como casas, outras
construções, veículos e equipamentos diversos. Vários exemplos
testemunham a força destruidora dos incêndios florestais. O incêndio de
Maine, E.U.A., em 1947, destruiu 800 residências. Em 1963, no Paraná, o
fogo destruiu cerca de 8.000 imóveis, entre casas, galpões e silos,
deixando aproximadamente 5.700 famílias de trabalhadores rurais
desabrigados. Esse mesmo incêndio queimou tratores, equipamentos e
diversos veículos. Na Austrália em 1983, cerca de 5.000 casas foram
destruídas por um único incêndio florestal. Em Oakland, Califórnia,
E.U.A., um incêndio em 1971 destruiu cerca de 5.700 casas e centenas de
veículos.
Danos à vida humana – incêndios de grande
intensidade além de destruírem florestas e outros bens materiais algumas
vezes provocam ferimentos e até mesmo mortes de pessoas envolvidas ou
não no combate. Na Austrália, por exemplo, em 1932 um incêndio florestal
matou 71 pessoas, tragédia que se repetiu em 1983, quando 75 pessoas
foram mortas por um incêndio que atingiu cerca de 400.000 ha. No Canadá,
entre 1969 e 1978 os incêndios florestais mataram 13 pessoas. Os
incêndios de Oakland, em 1991, e do Colorado, em 1994, ambos nos Estados
Unidos, mataram 25 e 14 pessoas, respectivamente. No Brasil, o incêndio
do Paraná, em 1963, provocou 110 mortes, o incêndio do Parque do Rio
Doce, em Minas Gerais, em 1967 matou 12 pessoas, e em 1988, incêndios em
quatro estados (Minas Gerais, São Paulo, Paraná e mato Grosso do Sul)
mataram 8 pessoas. Mas a maior catástrofe provocada por um incêndio
florestal foi em Wisconsin, E.U.A., em 1871, quando 1.500 pessoas foram
mortas pelo fogo.
Causas de Incêndios Florestais
Antrópicas
São aquelas causadas pela ação do homem, como: fogueiras de festas
juninas, de pescadores, de aquecimento de comida as margens das
rodovias, limpeza de rodovia com queima da vegetação retirada, fósforos
acessos jogados dos veículos, cigarros, limpeza de pastos, limpeza de
área de mato para agricultura, piromaníacos, atentados de movimentos
radicais, etc.
Naturais
Causadas por fenômenos naturais, como raios e vulcões.
Medidas Preventivas
A prevenção de incêndio de causa humana, que pode ser alcançada
através da educação da população, da regulamentação do uso da floresta e
da aplicação da legislação pertinente, ainda apresenta um grande
potencial para aperfeiçoamento. Várias medidas podem ser adotadas, no
sentido de prevenir os incêndios, dentre elas:
- Conhecimento sobre umidade do ar, e se precaver nos períodos de temperaturas altas, aumentar a vigilância, iniciar as prevenções e estar preparado para combate.
- Nas áreas de maior circulação, o risco sempre é maior, manter sempre limpas, evitando a presença de combustíveis.
- Quando for necessário a queima, ter sua autorização da autoridade competente, e cumprir todas as regras da autorização.
- Exija periódicas revisões nas instalações elétricas, externas e internas, evitando curtos circuitos e lançamentos de chispas.
- Se área de turismo, colocar cartazes lembrando do perigo de fogueiras mal ou não apagadas, cigarros etc.
- Manter sempre em lugar seguro e longe das residências, lenha, combustíveis, óleos, gás etc.
- Cuidados com usos de velas ou candeeiros, certifique-se de ter apagado antes de dormir. Evite deixar nos quartos de crianças.
- Não salte balões em festas juninas, ou mesmo brinque com pólvora. A beleza pode se transformar em desgraça. Saiba utilizar nas áreas corretas.
- Estabeleça com seus vizinhos uma rota de saída de emergência, no caso de incêndio florestal.
- Convença também seus vizinhos a fazerem o curso de prevenção e combate de incêndios florestais.
- Divida as tarefas, no caso de incêndio, alguém deverá cuidar dos idosos e doentes.
- Tenha sempre a mão os equipamentos necessários, como materiais de combate, lanterna com pilhas em bom estado, primeiros socorros, etc.
- Guarde em lugar de fácil acesso todas as ferramentas de combate aos incêndios florestais, limpas e revisadas.